- Senhor, a carteira!
Essas coisas só acontecem comigo quando estou atrasado para o serviço. Pior é que eu já cheguei fora do horário ontem. O supervisor vai querer comer meu fígado hoje. Já posso ir me preparando pro esporro. Mas eu tenho que fazer isso. Eu podia apenas ficar com o dinheiro do cara e dane-se a carteira com os documentos dele, mas eu não sou assim.
- Senhor, a carteira!
Ta certo que ele está um pouco distante, mas não é possível que ele não esteja me ouvindo. Será que ele é surdo? Só me faltava essa.
- Senhor, a carteira!
A partir de amanhã vou começar a fazer uma dieta, caminhar todo dia, o que for. Só não da pra ficar assim. O senhor deve ter uns 20 anos a mais que eu. Não está correndo e mesmo eu andando num passo acelerado não estou conseguindo alcançá-lo. E nem pensar em correr no meio da rua até ele. Eu prefiro morrer a fazer esse papel de ridículo.
- Senhor, a carteira!
Maldita carteira. Devia ter deixado ela lá. Espero que ao menos ele me dê uns trocados como recompensa. Pelo menos assim posso comprar um refrigerante e matar a sede que essa perseguição ta me causando.
- Senhor, a carteira!
Será que ele não percebeu ainda que derrubou a carteira na hora que pagou o restaurante? Que droga. Estou atrasado.
- Senhor, a carteira!
O semáforo! É agora. Ele parou. Vou conseguir alcançá-lo!
- Senhor, a carteira!
Ainda um pouco distante. Mas vai dar tempo. Vou alcançá-lo, entregar a carteira e dar no pé para tentar chegar no horário no serviço.
- Senhor, a carteira!
Droga, ele resolveu atravessar a rua mesmo com o semáforo fechado. Já está no meio da rua. Que droga. Mas já estou perto o suficiente. Agora ele já consegue me ouvir, não é possível.
- Senhor, a carteira!
Ele me ouviu. Percebeu que não está com a carteira. Parece feliz com a minha boa ação. Talvez até me dê uma recompensa.
- Senhor, a carteira.
Quase lá. Cinco, seis passos, talvez.
Mas peraí. Não!
- Senhor, o ônibus!
Droga! Vou chegar atrasado a toa...
Essas coisas só acontecem comigo quando estou atrasado para o serviço. Pior é que eu já cheguei fora do horário ontem. O supervisor vai querer comer meu fígado hoje. Já posso ir me preparando pro esporro. Mas eu tenho que fazer isso. Eu podia apenas ficar com o dinheiro do cara e dane-se a carteira com os documentos dele, mas eu não sou assim.
- Senhor, a carteira!
Ta certo que ele está um pouco distante, mas não é possível que ele não esteja me ouvindo. Será que ele é surdo? Só me faltava essa.
- Senhor, a carteira!
A partir de amanhã vou começar a fazer uma dieta, caminhar todo dia, o que for. Só não da pra ficar assim. O senhor deve ter uns 20 anos a mais que eu. Não está correndo e mesmo eu andando num passo acelerado não estou conseguindo alcançá-lo. E nem pensar em correr no meio da rua até ele. Eu prefiro morrer a fazer esse papel de ridículo.
- Senhor, a carteira!
Maldita carteira. Devia ter deixado ela lá. Espero que ao menos ele me dê uns trocados como recompensa. Pelo menos assim posso comprar um refrigerante e matar a sede que essa perseguição ta me causando.
- Senhor, a carteira!
Será que ele não percebeu ainda que derrubou a carteira na hora que pagou o restaurante? Que droga. Estou atrasado.
- Senhor, a carteira!
O semáforo! É agora. Ele parou. Vou conseguir alcançá-lo!
- Senhor, a carteira!
Ainda um pouco distante. Mas vai dar tempo. Vou alcançá-lo, entregar a carteira e dar no pé para tentar chegar no horário no serviço.
- Senhor, a carteira!
Droga, ele resolveu atravessar a rua mesmo com o semáforo fechado. Já está no meio da rua. Que droga. Mas já estou perto o suficiente. Agora ele já consegue me ouvir, não é possível.
- Senhor, a carteira!
Ele me ouviu. Percebeu que não está com a carteira. Parece feliz com a minha boa ação. Talvez até me dê uma recompensa.
- Senhor, a carteira.
Quase lá. Cinco, seis passos, talvez.
Mas peraí. Não!
- Senhor, o ônibus!
Droga! Vou chegar atrasado a toa...
Muito bom er.
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