19 de fev. de 2010

[Jogos/Nostalgia] Dos 8 aos 128-bits - Parte 2 (Super Nintendo)


Dando continuidade, vou falar um pouco do meu segundo vídeogame, o Super Nintendo, que pra mim foi o melhor videogame que eu já joguei. Não pelos gráficos e tal, mas pela diversão que ele proporcionava.

Refazendo meu cálculos, acho que o meu Master do post anterior eu não ganhei aos 8 anos e sim aos 7 ou até menos, porque suspeito que meu Super Nintendo eu ganhei quando tinha 8-9 anos. Quando ganhei o SNES meu Master já estava quebrado há algum tempo, então não foi uma troca e sim uma aquisição nova e quase com a emoção do vídeo daquele moleque ganhando o N64.

Assim como o Master não tive uma dezena de jogos, mas tive mais. Tive 6: Super Mario World, que veio com o videogame, Super Mario All-Star, que eu emprestei prum vizinho e ele se mudou pra BH e levou o jogo junto, Super Street Figther II, Mortal Kombat II, Donkey Kong 3 e Newman Haas Indy Car Racing. Mas a locadora que fica aqui atrás de casa tinha muitos jogos pra alugar então a diversão não ficava restrita a esses 6.

Sempre estudei de tarde, então sempre dormi até as 10-11 horas da manhã. Mas nas sextas-feiras acordava invariavelmente 9 horas pra ir alugar uma fita pra jogar. Alugava e passava a manhã jogando. Meio dia ia pro colégio e quando voltava às 6 da tarde jogava até mais ou menos meia noite, já que o dia seguinte era sábado. No sábado acordava cedo e ia alugar outra fita, porque a de sexta eu ia ter que devolver no sábado. Passava o dia com as duas fias revezando entre uma e outra e de noite devolvia a de sexta. Com a de sábado garantia a diversão até segunda de noite quando ia devolver a fita. E foi assim quase todo final de semana durante os 3-4 anos que tive meu SNES.


Talvez, por eu ter jogado mais o SNES do que os outros, ele tenha se tornado o meu videogame preferido, mas acho que a época ajudava. Eu era criança, não existia internet, toda informação eu conseguia com amigos ou em revistas sobre videogame e sempre existiam as histórias sobre um amigo dum amigo que tinha conseguido descobrir uma fase nova ou pegar um item que ninguém conhecia e que você passava dias procurando e geralmente era conversa mole.

Mas o principal eram os jogos. O SNES tem o maior número de jogos que eu adoro por bit2. Super Contra, Super Mario World, ActRaiser 2, Biker Mice from Mars, Brawl Brothers, Captain Commando, Donkey Kong, Earthworm Jim, Hit the Ice, Knights of the Round, Lion King, Mega Man X e mais uma centena que com certeza mereceriam estar.

Gostava tanto que até hoje me arrependo de ter dado meu SNES pro meu primo quando comprei o N64, que por sinal foi o videogame que eu menos gostei de ter, mas que será objeto da próxima parte. Felizmente, com os emuladores consegui relembrar e conhecer alguns outros jogos que se tornaram preferidos, e consegui, graças a possibilidade de salvar em qualquer parte, zerar alguns jogos que eu julgava impossível terminar como, por exemplo, Super Ghouls'n' Ghosts.

O SNES não foi o videogame que eu tive por mais tempo, mas com certeza foi o que mais me divertiu e o que eu mais me arrependi de ter trocado, mas a vida segue e existem emuladores pra trazer a alegria e emoção de jogá-lo de volta.

Continua...

PS: Bruno Valadares, se um dia você ler esse post saiba que eu ainda quero meu Super Mario All-Star.

15 de fev. de 2010

[Idiossincrasias] Nerd Esquisito


Quando se é míope existem outras três coisas que não podem ocorrer ao mesmo tempo senão é problema na certa: ser muito míope, ser criança, e ir comprar óculos com a mãe. Infelizmente, quando eu era criança, eu atendia a todos os fatores.

Quando se tem um grau que fica nos decimais ainda, a vida é uma maravilha, você vê tudo, não perfeitamente, mas vê tudo. Quando chega às unidades, quanto mais perto da casa das dezenas mais complicada vai ficando a coisa, e menos você vai conseguindo ver sem os óculos. Então, se você é criança, tem uns 6 graus de miopia e vai comprar óculos, não tem como você escolher, porque você simplesmente não se vê nele. Então o que acontece? Quem tiver lhe acompanhando que escolhe. Por isso mães são um problema nessa hora.


Os primeiros óculos decentes que eu tive eu só consegui comprar porque estava usando lente de contato que o vendedor me arranjou lá na hora. E isso eu já tinha meus 15-16 anos. Como uso óculos desde os 6 foram quase 10 anos de óculos feios e um cuidado extremo porque a lente pra não ser um fundo de garrafa monstruoso tinha que ser de cristal e qualquer queda quebrava, e era bronca na certa em casa. Só não era pior porque sempre me arriscava um pouco, jogava um futebolzinho mais parado, tentava não brigar porque a chance dos óculos cair era grande, coisas desse tipo. Mas nem sempre funcionou, uma vez caí, quebrei os óculos e ainda por cima quase perdi o dedo na lente que, quebrada, ficou super afiada e eu na raiva segurei com força na mão. Resultado, um carão por quebrar os óculos, óculos novos de resina com um dedo de espessura, cinco pontos e um dedo torto pelo resto da vida. Mas tenho sorte de ter ficado com o dedo porque quando cheguei ao hospital a enfermeira olhou e disse, “Nossa que lugar estranho pra cortar o dedo (a base do dedo bem na articulação com a mão) nunca costurei aí. Deve ser que nem costurar um pé.”. Depois dela ter dito isso eu sabia que ia dar merda.


Por causa dos óculos, sempre me achei feio e era muito inseguro. Só melhorei quando comecei a usar lente. Era ótimo sair e não ficar achando que todo mundo tava olhando pra aquele trambolho feio no meu rosto. Com a segurança me soltei mais, fiquei mais sociável, comecei a namorar e comecei a me sentir mais seguro com os óculos. Talvez o fato de eu mesmo ter escolhido o óculos influencie um pouco, mas o que importa é que já não me preocupo mais com eles.

Ontem, conversando com minha namorada, depois de ter visto “Tá Chovendo Hambúrguer” ela vira pra mim e diz, “Queria ser mais Nerd tipo a Sam (personagem do filme). Usar rabo de cavalo e aqueles óculos de armação de plástico.”. Há! Pra cima de quem ela faz esse comentário? Pra cima do cara que tem um monte de óculos esquisito guardados no armário. Não demorou um minuto ela tava provando uns 3-4 tipos diferentes. Depois de meia hora provando os óculos descobri uma coisa que me deixou revoltado. Os óculos ficaram bem nela. Nunca achei que aquelas armações pudessem deixar alguém bonito, mas deixaram.


Agora, isso me deixou duas dúvidas. Será que eu não ficava tão feio quanto me achava com aqueles óculos? Ou será que o problema sou eu? To tendendo a ficar com a segunda opção.

PS: A versão dela você vê no Caderno Insone.