27 de fev. de 2011

[Quadrinhos] Dylan Dog #001 - Ed. Mythos

Bem, não é segredo que sou fã dos quadrinhos de Dylan Dog. Já fiz até um post falando sobre ele, e até o nome do blog é por causa dele (Dê uma olhada no nome da edição italiana nº 19, ou a brasileira da editora Conrad nº 3 que você entenderá). Diante disso e da dificuldade de encontrar pra download os scans de DYD, vou tentar escanear as revistas que eu tenho e disponibilizar por aqui. Não vou prometer postar todas, nem o prazo entre uma postagem e outra, mas vamos ver no que vai dar.

A edição #1 da Mythos não é a ideal pra se começar a ler DYD, já que ela é a #100 italiana, mas a história ainda é bastante boa. Recomendo ler antes "O Despertar dos Mortos-Vivos" e "Morgana", pra entender melhor a história.

Sinopse: O título já diz tudo. Boa parte dos mistérios sobre o detetive do pesadelo são revelado. Quem foi seu pai, sua mãe, e qual a importância do galeão que ele aos poucos vinha montando ao longo de suas aventuras. Um excelente ponto de partida para novos leitores. Entre passado e presente, descobrimos surpreendentes revelações, confirmando Dylan Dog como o principal título de terror da atualidade. (Fonte: Texbr)

Só clicar na imagem para fazer o download.


6 de fev. de 2011

[Cinema/Desenhos] Os Irmãos Marx e uma escada de 99,5 degraus


Ao contrário do Natal, onde todos os filhos tem que estar junto e sempre tem uma ceia farta, aqui em casa, o Ano Novo foi sempre uma coisa meio morta. Era cada um por si, e geralmente eu passava em casa sem fazer nada, ou vendo os fogos na TV. Quando a coragem permitia andava os 4 quarteirões que separam minha casa e a praia, mas logo depois que acabava voltava. A coisa era tão séria que já passei a virada de ano vendo Jogos Mortais. Hoje em dia melhorou bastante, deposi que conheci a minha princesa.

Num desses Anos Novos estava eu em casa fazendo não lembro o que quando ouço meu pai gargalhando na sala. Como meu pai não é uma pessoa que gargalha o tempo todo fui dar uma olhada no que estava acontecendo. Quando chego lá ele esta vendo um filme em preto e branco com um cara com um bigode enorme claramente pintado fumando um charuto e disparando piadas mais rápido que o Clint Eastwood nos seus filmes de cowboy.


Acabei vendo com ele o final do filme, e o seguinte, e o seguinte. Durante os filmes descobri que se tratava de uma maratona dos Irmãos Marx. Mas aí veio a pergunta. Quem diabos são os Irmãos Marx? Nunca tinha ouvido falar naquela trupe, mas foi amor a primeira vista.

Um maluco com um enorme bigode pintado fumando um charuto e soltando piadas, um mudo com cara de maluco que gosta de infernizar a vida dos outros e usa buzinas pra se comunicar e gosta de tocar harpa, um malandro que gosta de se dar bem em cima dos outros e nas horas vagas gosta de tocar piano, e um galã. Esse quarteto me encantou naquela madrugada do primeiro dia de um ano que já passou há algum tempo. Groucho, Harpo, Chico e Zeppo, esses eram respectivamente seus nomes.

Depois daquela noite toda vez que passava um filme deles eu via e sempre ria mesmo após a quarta vez. Naquela época eu não tinha DVD ainda, apenas um VHS que eu adorava usar pra gravar os filmes que eu gostava, então é claro que quando surgiu a oportunidade eu gravei. Dos 3 que passaram, 2 eu consegui gravar, o outro, o que eu tinha pego pela metade quando ouvi as gargalhadas do meu pai nunca mais passou e eu não consegui gravar. Mas “Gênios da Pelota” e “Batutas Burlescos” já davam pra me fazer rir por horas.


Com o passar dos anos meu VHS foi perdendo espaço e resolvi que era hora de procurar os filmes pra baixar e, quem sabe, conseguir ver “Diabo à Quatro” inteiro. Procurei pelos filmes no PirateBay e encontrei pra baixar em DVD. Minha internet não era uma maravilha na época, mas os filmes valiam a pena baixar, então comecei a dura batalha de baixar 4,7 GB com uma internet de 1 MB.

Enquanto baixava o arquivo percebi que ele tinha sido postado primeiramente num site. Peguei o endereço e fui dar uma olhada pra ver o que mais de interessante tinha no site. Descobri que era um site espanhol só com DVD pra baixar. Felizmente muitos dos DVDs que lá existiam – existiam porque o site ao que parece fechou – possuíam legenda em português de Portugal. Não era a perfeição, mas era melhor que nada.


Baixei muita coisa por lá. Desde uma série de episódios de suspense apresentados pelo Hitchcock, uma dúzia de filmes dos Irmãos Marx, além de uma dúzia de filmes clássicos que não encontrava por aqui. Vale lembrar que na época não era tão fácil com hoje achar filmes lançados por aqui para baixar, então o site era uma maravilha. Porém, o que fiquei mais feliz de baixar não foi um filme ou uma série, e sim um anime que eu gosto. Kimagure Orange Road.

Minha história com Kimagure Orange Road começou por acaso. Estava numa fase de querer ver todos os animes que existem, então via muuuita coisa. Estava baixando outro anime que já nem lembro quando vi pra baixar Kimagure Orange Road, ou KOR para os íntimos. A história parecia meio bobinha na época, afinal, a história sobre uma família com poderes psíquicos que vive se mudando de cidade porque descobrem seus poderes, e o triângulo amoroso que o filho mais velho vive na nova cidade não parece uma obra prima, mas mesmo assim resolvi arriscar. E como valeu a arriscada.


Nos primeiros episódios já percebi que ia adorar o anime. O personagem principal, Kyosuke conhece por acaso uma garota, Madoka, por quem se apaixona. No primeiro dia de aula descobre que ela é da sua turma, mas que ela é meio barra pesada e que dentro do colégio ela não dá a mínima pra ele. Pra complicar as coisas ele acaba beijando sem querer uma outra garota, Hikaru, e ela logo se apaixona por ele. Infelizmente, ou felizmente por que isso é o que torna a série o que ela é, Hikaru é amiga de infância de Madoka. Está montado o triângulo amoroso que vai durar os 48 episódios e que vai levar Kyosuke quase a loucura.

Gosto de KOR porque Kyosuke é um banana, mas um banana com coração. Ele se preocupa com as duas e não quer ferir nenhuma, o que raramente acontece. O normal é ele pisar na bola e magoar uma das duas. Outro ponto que eu achei que seria negativo no começo, mas que acabou se mostrando um trunfo foi os tais poderes psíquicos da família. A série, felizmente não foca nos poderes dele e sim no relacionamento e nas trapalhadas amorosas de Kyosuke. Os poderes entram apenas pra ajuda-lo em algumas situações. Como ter que ir de um lugar para o outro num segundo e outras coisas.


Porém, não foi fácil ver KOR. A pessoa que legendava a série, ao que parece desistiu de fazê-la no meio, e como era ele quem tinha os DVDs originais de onde tiravam os episódios a coisa ficou parada por muito tempo. Aos poucos os episódios forma voltando a aparecer, mas eu não consegui esperar para saber como terminava. Como o anime foi baseado no manga de mesmo nome, resolvi que seria interessante lê-lo. 18 volumes em inglês para alguém só com o básico foi um trabalho meio duro. Mas valeu cada esforço, porque o final do manga é perfeito. O do anime já não é tão bom quanto.

Li o manga e terminei de ver o anime em inglês. Depois revi em português. E quando descobri no site que tinha pra baixar o DVD com legenda em português, nem o fato de ser 10 DVDs me parou. Baixei todos com velocidade média de 10 kb/s, ou seja, levou uma eternidade, mas consegui. Hoje os DVDs estão aqui na minha estante, com capinha, bonitos e prontos para eu ver quando quiser.

Aproveitando, mais um da série "Um dia ainda terei dinheiro vadio pra gastar com o que eu quiser".