31 de dez. de 2010

[Literatura] Relatório literário de 2010


2010 foi um bom ano pra mim em questões literárias. Li ao todo 21 livros e estou tentando terminar o 22º enquanto ainda há tempo. Alguns eu planejava ler a bastante tempo, outros simplesmente apareceram, sem falar que foi um ano recheado de Bernard Cornwell – por sinal tenho que fazer um posto dedicado a ele –, e ainda li alguns livros em inglês e consegui entender perfeitamente.

Comecei o ano lendo “O Símbolo Perdido” do Dan Brown. Apesar de todos os livros dele terem sempre o mesmo roteiro eu adoro ler os livros dele, porém o final desse último vira meio que um grande livro de auto ajuda e eu odeio esse tipo de livro, mas no final ainda consegue ser um bom livro.

O próximo foi meu primeiro Sidney Sheldon (primeiro porque o “Perseguição” dele não conta já que li como paradidático no colégio), “Nada Dura para Sempre”. Gostei bastante do livro. É tanto que li de uma vez só numa madrugada. Achei bem legal como ele desenvolve a trama das 3 amigas residentes e seus dramas pessoais.

Depois li um livro da Coleção Vagalume só pra relembrar a infância. O escolhido foi “O Mistério do Cinco Estrelas” do Marcos Rey que eu tinha em casa há uns 10 anos e nunca tinha lido. A trama é interessante e o ritmo agradável como a maioria dos livros dessa incrível série que vem fazendo a alegria de gerações.


Esses 3 eu li em janeiro aproveitando que eu estava de férias na casa da minha namorada. O próximo livro demorou uns dois meses pra eu pegar pra ler. Mas valeu a pena porque é um dos livros mais gostosos que eu já li. Depois de ter lido “Silmarillion” em 2009 eu estava devendo ler o “Hobbit” e foi isso que eu fiz. O que falar de um dos livros mais lidos do mundo e de um dos autores mais consagrados de todos os tempos? O “Hobbit” tem uma leitura gostosa, sem todo o detalhismo as vezes enfadonho que existe em “O Senhor dos Anéis” o que o torna ideal pra começar na literatura fantástica de Tolkien – o que por sinal não foi o que eu fiz.

Como precisava ler um livro pro meu curso de inglês resolvi me amostrar e ler um livro do Neil Gaiman, autor que eu já conhecia de Sandman e que morria de vontade de ler. Pra tarefa escolhi “Os Filhos de Anansi”, ou “Anansi Boys” já que li na versão original. O livro era grande e meu inglês meia boca, mas não me arrependo. O livro é muito bom e a história muito criativa como tudo que o Gaiman cria, e nada que um dicionário do lado não resolva.

O próximo foi meu primeiro Bernard Cornwell do ano, “A Águia de Sharpe”. As histórias de Sharpe, um fuzileiro a serviço da Rainha nas Guerras Napoleônicas tem ao todo mais de vinte volumes. Esse é o oitavo volume que saiu aqui no Brasil e cada volume conta uma trama envolvendo Sharpe e uma batalha travada pela Inglaterra. Sharpe é um personagem foda. Ele não tem conflitos psicológico maiores. Tá, de vez em quando ele tem, mas aí um dama fica em perigo e ele para de frescura e vai salvá-la pra depois poder dormir com ela. Literatura que todo macho barbado deveria ler.


Ao acabar “A Águia de Sharpe”, emendei com o segundo Bernard Cornwell do ano, “Azincourt”. Livro que conta a história de Nick Hook, um arqueiro e da sua participação numa das mais famosas batalhas britânicas, a Batalha de Azincourt. Batalha esta que a Inglaterra venceu mesmo contra todos os prognósticos e com um número de soldados 5 vezes menor que o dos franceses (algo como 30000 contra 6000).

Após terminas os Bernard Cornwells resolvi ler algo diferente. Minha mãe é espírita e numa viagem pra Fortaleza pro batizado do meu sobrinho onde fui ser padrinho, ela ficou contando a história de um livro espírita que ela tinha lido. O livro parecia ter uma boa história pelo que ela contava, então resolvi arriscar. O livro se mostrou interessante, apesar de muito mal escrito e cheio de erros que passaram pela revisão – isso se ele tiver passado por uma revisão. Mas o problema é ele ser um livro espírita e ter que tentar ensinar sobre o espiritismo. Tirando as partes de “aulas” a história é boa e tem um vilão legal, o Red Marinheiro que eu só entendia Ré de Marinheiro quando minha mãe contava a história.

Depois de ler um livro mal escrito precisava dum livro que eu sabia que ia gostar de ler. E li o terceiro Bernard Cornwell do ano, “Terra em Chamas” o quinto livro das Crônicas Saxônicas. Esta saga por sinal está se tornando uma das minhas preferidas do Bernard Cornwell. Ela é melhor do que as do Sharpe, porque, apesar de ter sempre uma batalha no livro como é de praxe nos livros do Bernard Cornwell, as tramas são mais bem trabalhadas, as intrigas são mais desenvolvidas e o Ulthred é bastante azarado o que o mete em várias situações problema, o que é ótimo pra quem está lendo.


Depois dessa sequência com 3 Bernard Cornwell em 4 livros resolvi mudar e ler uma coleção que eu sempre tive curiosidade pelo quanto falavam dela. Peguei emprestado com minha namorada os livros do “Guia do Mochileiro da Galáxia” e admito, eles são bem engraçados. Adoro humor britânico – outro tema que tenho que falar qualquer dia – então foi só alegria ler as piadas non-sense e o típico humor britânico escorrendo pelas páginas dos livros. Li os 4 primeiros, “O Guia do Mochileiro da Galáxia”, “O Restaurante no Fim do Universo”, “A Vida o Universo e Tudo Mais” e “Até Mais, e Obrigado pelos Peixes!”, ficando faltando só o “Praticamente Inofensiva” que pretendo ler agora em 2011.

Tive que ler outro livro pro inglês e como desta vez estava sem tempo peguei uma adaptação que eles tinha lá. Apesar de ser uma adaptação o livro foi bem interessante e me deu vontade de ler o texto completo. O livro era “The Breathing Method” adaptação dum conto do Stephen King.


Por causa do livro do inglês fiquei com vontade de ler outros livros do Stephen King e li logo dois, “A Zona Morta” que é incrivelmente bom e com um personagem bem carismático e “Carrie, a Estranha”, que não sei se foi a tradução ou o fato de ser o livro de estreia dele, mas me parecia meio confuso as vezes. Mas a história em si é muito boa com a vingança mórbida da Carrie.

Em seguida li “O Diário do Chaves” pra rir um pouco depois dessa maratona de livros de suspense/terror. Assim como a série, você sabe exatamente o que vai acontecer no livro, mas rir do mesmo jeito. Bastante bom pra quem gosta de Chaves.


Já agora em dezembro li o quarto Bernard Cornwell do ano. Por sinal mais um do Sharpe, o que é bom já que ainda faltam publicar mais de 10 livros dele. Esse foi “O Ouro de Sharpe” e é bastante bom também, mostrando Sharpe na velha forma de sempre.

Pra finalizar li a coleção Bórgia que ganhei de Natal da minha namorada, que não são bem livros e sim Graphic Novels, mas como tem ISBN entra na conta. A série completa vão ser 4 livros, mas como só foram publicado 3 aqui no Brasil até agora foram esses que eu li. “Sangue para o Para”, “Poder e Incesto” e “As Chamas da Fogueira”, foram escritos por Alejandro Jodorowsky e lindamente desenhados pelo Milo Manara um italiano miserável que tem o dom de desenhar mulheres bonitas o que combina perfeitamente com a história cheia de sacanagem dos Bórgia. Mas as HQs não são só desenho bonito, o roteiro é muito bom também.


Bem, esses foram os livros que li em 2010. Atualmente estou lendo “Cotoco” de Jonh van de Ruit, um livro incrivelmente engraçada sobre um garoto e o dia a dia dele num colégio interno cheio de figuraças. Não devo acabar esse ano, mas vai abrir com chave de ouro meu ano de 2011.