3 de jul. de 2009

[Cinema/Nostalgia] Pague para Entrar, Reze para Sair


Eu até hoje fui 3 vezes a parques de diversão. Duas no antigo Playcenter e uma no que ficou no lugar dele o Mirabilândia. A primeira vez eu estava na casa de um amigo meu no dia em que ele foi, e acabei indo junto, a segunda foi na época em que eu fazia natação e fui de penetra junto com a colônia de férias que a academia fazia todo meio de ano e a terceira fui com minha namorada. Mas a que me marcou mais foi a primeira, apesar de todas terem sido especiais. Não por ter sido a primeira, também por isso, mas principalmente porque foi na época em que estavam tendo as Noites de Terror do Playcenter.

Acredito que foi nesse dia que eu comecei a gostar de filmes de terror.

O curioso é que quase não me lembro bem dos brinquedos que fui. Lembro que fui na montanha russa que na época pra mim era de virar o estômago e dar tremedeira nas pernas só de encarar, mas que hoje, uns 15 anos depois, parece brincadeira de criança. Com certeza fui em outros, mas o que eu realmente lembro é de como estava o parque naquele dia.

Quando chegamos ainda não tinha anoitecido, então o parque estava normal. Porém, por volta das 6 horas da tarde, depois do Sol já ter se posto, todas as luzes se apagaram. Dos alto-falantes veio o aviso de que os monstros estavam soltos pelo parque. Logo depois as luzes voltaram a acender e pura diversão. Eu devia ter entre 8 e 10 anos na época, morria de medo desse tipo de coisa então foi legal.

Jason, Drácula, Lobisomem, Freddy Krueger (que por sinal eu descobri depois que era namorado da empregada desse meu amigo), e toda essa variedade de criaturas que nos dão medo infestavam o parque. Correndo atrás das pessoas, ando sustos nelas, inclusive num conhecido meu que, já perto da hora de ir embora, descansava deitado numa barraca que vendia alguma coisa e não se apercebeu que tinha um dos monstros dentro dela.


Talvez seja por isso que um dos filmes de terror que eu mais gosto seja exatamente um que se passa num parque de diversão, mesmo ele sendo apenas um filme mediano. The Funhouse, que aqui no Brasil ganhou o genial nome Pague para entrar, Reze para sair.

Assisti ele pela primeira vez não lembro se na Globo ou se no SBT, só sei que era madrugada e que não peguei desde o começo. Depois dessa vez só vim ver de novo quando descobri um site chamado “Mina do Inferno”, que hoje em dia nem existe mais. Nele tinha várias filmes de terror a venda, dentre eles Pague para Entrar, Reze para Sair. Não pensei duas vezes, desembolsei 20 reais e comprei a cópia VHS do filme. Não sei se foi culpa do cara que me vendeu ou se dos Correios que ficou em greve na época (coisa que sempre acontece comigo quando espero alguma encomenda), só sei que a fita chegou mofada e com exatamente o começo que eu nunca tinha visto com problema. Só vim ver o filme todo alguns anos depois quando graças a internet consegui baixá-lo e ver integralmente.


Nele quatro adolescentes vão ao parque de diversões que havia chegado à cidade cuja fama não era muito boa. Havia boatos de que duas meninas teriam sido encontradas mortas nele.

No parque eles vão a várias atrações como um show de mágica, uma tenda de aberrações, carrossel, etc., até que um deles sugere que passem a noite na Funhouse, a casa de horrores do parque. Os outros três ficam meio relutantes, mas diante da genial argumentação que um primo teria feito isso em outro lugar e teria dado tudo certo eles resolvem ficar. Porém, como sempre a idéia não é boa, principalmente depois que eles vêem o “Frankenstein” do parque cometer um assassinato.


O filme dirigido por Tobe Hopper, que parece ter gastado todo o talento em Massacre da Serra Elétrica e na direção duvidosa de Poltergeinst, conta uma história simples, sem muitas inovações, mas que cumpre seu papel. Dá medo. Principalmente por mostrar um lado que pouco paramos pra pensar dum parque de diversões, o apagar das luzes. Tanto que, nesse época de preguiça criativa dos estúdios americanos, vai ganhar um remake. Só espero que não seja aos moldes de Dia dos Namorados Macabros, que tirando o 3D não se sustenta, porque se for, prefiro ficar com o original.

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